sábado, 25 de março de 2023

🔹 1a AULA DE PRODUÇÃO ARTÍSTICA 2023 | REPRODUÇÕES DE VAN GOGH 🔹

 

O que é Arte?

A Arte permeia a interação humana, uma vez que se apresenta como “o social em nós, e se o seu efeito se processa em um indivíduo isolado, isto não significa, de maneira nenhuma, que as suas raízes e essência sejam individuais” (Vygotsky, 1999, p. 315). Assim sendo, a Arte não deve ser vista sob uma única ótica, mas como um conjunto de conceitos, a saber, como forma interna, forma externa e de conteúdo. 

Esses três aspectos são coesos, por isso, mesmo que inicialmente uma obra chame a atenção pela forma sobre a qual se apresenta, seu sentido só pode ser dado em conjunto ao conteúdo ligado àquela ideia. Visto isso, um objeto artístico não deve ser intelectualizado, uma vez que “a arte é trabalho do pensamento, mas de um pensamento emocional inteiramente específico” (Vygotsky, 1999, p. 57). 

Dessa maneira, a Arte tem por finalidade a reconstrução da relação do indivíduo com as experiências sociais experimentadas. Sob essa perspectiva “o prazer artístico não é mera recepção, mas requer uma elevadíssima atividade do psiquismo” (Vygotsky, 1999, p. 258).

Por isso, dentro do processo do desenvolvimento humano dialético, quanto mais exposições às contradições entre conteúdo e forma, mais contraposições de sentimentos resultantes de novos sentidos podem surgir expressos de forma única por cada sujeito. Portanto, a Arte seria uma forma de expressão dos sentimentos individuais e sociais por meio do processo de criação, fruto da criatividade e da imaginação. Revela-se como uma forma criativa e dinâmica de transformação das realidades e das experiências vividas pelos sujeitos. 

Destarte, a amplitude acerca do conceito de Arte é compartilhada por Coli (1995). Para ele, as definições do que seria um objeto artístico devem levar em consideração os discursos sobre a obra, para além da ideia de um juízo do valor, característico da crítica da Arte. Em vista disso, ressalta-se a importância do percurso histórico e social de uma manifestação artística, percurso este que se apresenta muitas vezes como anônimo e gratuito e que, ao ser integrado na análise sobre a obra, se revela relevante para os processos educacionais aqui discutidos. 

Na prática educativa, uma criação artística deve perpassar e ir além da racionalização, visto que 

a razão está assim intrinsecamente presente no objeto artístico, mas a obra enfeixa elementos que escapam ao domínio do racional e sua comunicação conosco se faz por outros canais: da emoção, do espanto, da intuição, das associações, das evocações, das seduções (Coli, 1995, p. 105).

Dessa maneira a Arte diferencia-se dos ideais científicos e teóricos e seus limites devem estar abertos, possibilitando um contato transformador, dado como uma função da aprendizagem (idem).

fonte: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/22/26/arte-e-criatividade-um-olhar-sobre-a-importancia-das-aulas-de-arte-nos-anos-finais-do-ensino-fundamental

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Usamos o texto acima para relacionar um pouco de nossa ação artístico-pedagógica das aulas de arte que planejamos 4 vezes ao ano em um dia inteiro dedicado a criatividade e experiência artística. Queremos com isso, movimentar todas as habilidades de cada aluno de forma intensa e prática, além das aulas teóricas e que permeiam a grade horária e o cotidiano. 

Apreciem os registros da produção dedicada aos estudos da obra de Van Gogh. 
































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